As dificuldades de fala na fase adulta podem ser resultado de diversos fatores, como danos cerebrais, doenças degenerativas e até problemas de audição. Por exemplo, se a dificuldade de escutar é importante, pode haver dificuldades na comunicação, principalmente se a pessoa não consegue ouvir claramente sua própria voz.
Outros fatores que comumente afetam a fala de adultos e idosos são:
Doenças neurológicas: AVC, Parkinson, demência;
Lesões cerebrais: traumatismos, tumores, etc;
Doenças degenerativas: Alzheimer e outras demências;
Entre outros.
Como resultados dessas doenças e lesões, muitas vezes ocorrem as apraxias de fala, condição neurológica caracterizada pela dificuldade em coordenar os movimentos musculares necessários para produzir sons da fala de forma precisa e fluente, podendo ser adquirida ou progressiva. Essa dificuldade não é causada por fraqueza muscular ou perda de compreensão da linguagem, mas sim por problemas na programação e na execução dos movimentos articulatórios necessários para falar.
Os sintomas da apraxia de fala em adultos e idosos podem incluir:
1. Dificuldade em iniciar o movimento com a boca necessário para produzir um som ou palavra.
2. Produção inconsistente de sons da fala.
3. Dificuldade em produzir sequências de sons ou palavras.
4. Substituição de sons por outros incorretos.
5. Dificuldade em corrigir os erros de fala quando são apontados.
6. Fala lenta e hesitante.
Diferente das apraxias de fala, a disartria é um distúrbio da fala que afeta o controle dos movimentos necessários para falar. Nessa condição, os danos cerebrais podem afetar os músculos responsáveis pela articulação, respiração, ressonância, prosódia (ritmo e entonação) e até mesmo pela produção de sons da fala.
Os sintomas da disartria variam dependendo da causa subjacente e da extensão do dano neurológico, mas podem incluir:
1. Articulação imprecisa das palavras.
2. Fala arrastada ou lenta.
3. Dificuldade em controlar o volume da voz.
4. Alterações na qualidade vocal, como rouquidão ou voz nasal.
5. Dificuldade em controlar a respiração durante a fala.
6. Dificuldade em mastigar e engolir.
O diagnóstico dessas duas condições é realizado por um fonoaudiólogo, por meio de avaliações da fala e da linguagem, bem como da função neurológica. O tratamento varia com o quadro, mas pode incluir terapia fonoaudiológica para fortalecer os músculos envolvidos na fala, melhorar a coordenação dos movimentos articulatórios e aprender estratégias de comunicação alternativas, se necessário.
Embora a dificuldade de fala possa apresentar desafios significativos na comunicação, com a ajuda de um fonoaudiólogo e o apoio da família, muitas pessoas podem aprender a gerenciar seus sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
Entre em contato para agendar uma consulta de avaliação com fonoaudiólogo.
Douglas Thuller
Fonoaudiólogo