Para muitas pessoas a perda auditiva acontece de forma gradual e os sinais e sintomas podem ser sutis inicialmente. Muitas vezes a percepção e queixa da dificuldade para ouvir e entender vem de quem convive com a pessoa: pais, filhos, cônjuge, professores.
Para saber se uma pessoa precisa usar aparelhos auditivos é importante observar os sinais de perda auditiva e buscar avaliação, o exame mais utilizado é a audiometria.
Veja alguns sinais de perda de audição:
Ouvir, mas não entender, pedindo frequentemente para as pessoas repetirem o que disseram;
Se isolar socialmente, evitando participar de conversas em grupo, como em um almoço em família;
TV com volume muito alto. A pessoa com perda auditiva necessita aumentar o volume da TV, ficando desconfortável para as outras pessoas ao redor. Em alguns casos isso leva a mais isolamento social, quando a pessoa evita assistir TV junto com outras pessoas porque não escuta;
Zumbido no ouvido. Zumbido é um som no ouvido sem que exista esse som no ambiente. Este muitas vezes é o primeiro sinal percebido pela pessoa que tem perda auditiva.
Leitura labial. A pessoa precisa sempre olhar no rosto e lábios das pessoas para entender o que está sendo dito. Para quem tem perda auditiva o uso de máscara dificulta muito a comunicação pela fala.
Não escutar sons baixos. Com a perda de audição a pessoa não percebe sons baixos do ambiente, como tic tac do relógio, ruído do motor de geladeira, passos no chão.
Não ouvir toque de telefone. A perda auditiva por causa do envelhecimento acomete primeiramente os sons mais agudos, mais finos; com isso é muito comum idosos não ouvirem o toque do telefone, do interfone porque em geral são sons mais agudos.
Deixar de conversar ao telefone. Com a perda auditiva as conversas ao telefone ficam difíceis de entender, por isso a pessoa tende a perder a vontade de conversar ao telefone.
Atraso no desenvolvimento das crianças: o bebê não se assusta com sons altos e repentinos, não procura de onde vem os sons do ambiente, a voz dos pais; com o passar do tempo a surdez na infância gera atraso na fala; o rendimento escolar pode ser prejudicado por não conseguir acompanhar as orientações dos professores; a criança pode ser taxada como “desatenta”, por parecer estar sempre distraída, não atendendo quando é chamada.
Nas diversas etapas da vida a perda auditiva ocorre em diferentes graus de comprometimento e em grande parte dos casos não há surdez total. Quando o tratamento é realizado no tempo adequado a pessoa pode preservar as habilidades de comunicação pela fala e interação com o mundo. Por isso a importância de se buscar ajuda com profissional de saúde para diagnosticar e tratar a perda auditiva em tempo hábil.
Há casos em que a audição pode ser recuperada com tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos, como nos casos de otites (infecção de ouvido). Em outros casos, em que a perda de audição é irreversível, como nos casos de surdez em decorrência do envelhecimento, o tratamento é realizado com uso de próteses auditivas: aparelho auditivo (AASI), implante coclear.
Notando os primeiros sinais de dificuldade para ouvir a pessoa deve procurar o otorrinolaringologista e fonoaudiólogo para avaliar a audição, sendo detectada a perda auditiva ela pode ser encaminhada para teste e adaptação com aparelho auditivo.
Mariane Gomes
Fonoaudióloga
CRFa 6-7530